quarta-feira, julho 21, 2010

Atenção


Prestar atenção.
Sofria dum mal nas aulas, um mal talvez comum, que me aborrecia a mim mesma: não conseguia estar atenta ao que os professores diziam, bastavam-me cinco minutos sentada para começar a divagar, a desenhar os meus sonhos no papel e sair da sala sem conseguir dizer uma única palavra sobre a matéria. Conclusão: na faculdade, onde não é obrigatório ir às teóricas, cheguei a conhecer os professores no dia do exame.
Mas não era sobre esta atenção que queria falar, queria falar sobre a atenção que qualquer mulher gosta. Li há pouco tempo que os homens acabam uma relação quando sentem interesse por parte de outra mulher e as mulheres acabam quando deixam de sentir atenção da parte do homem. Será assim?
A verdade é que não conheço nenhuma mulher que não goste de receber mimos, pequenas acções que demonstrem que se está a pensar nela, sejam elas um bilhete deixado na carteira, um piquenique surpresa, um beijo apaixonado no meio duma conversa ou até uma simples msg.
Sempre disse aos meus amigos que se queixavam das namoradas "não te aborreças pela tua namorada se preocupar contigo, aborrece-te é quando ela já nem se preocupar."
Porque uma mulher se se desliga, ou se já não se importa se tem ou não atenção, é porque já não ama. Quem ama, cuida.

terça-feira, julho 20, 2010

Feitios


Já não escrevo há tempo demais, mais por preguiça do que por falta de tempo, confesso. Afinal, quando se quer consegue-se sempre uns minutinhos mas eu tenho gasto os meus fora do trabalho, sempre que possível na praia ;).
Num desses dias de praia dei comigo a pensar em quando era mais nova e me zangava (coisa rara). Conseguia magoar as pessoas com as palavras "certas", escolhidas a dedo, as que eu sabia que iam causar grandes danos, as da boca para fora que entravam no alvo e faziam os seus estragos. Lembro-me de o fazer à minha amiga I. por me estar a chamar a atenção de qualquer coisa com razão e eu, armada em fina, achei que ela estava a mandar em mim e toca de responder torto. Passados uns minutos já estava tudo bem, comigo: porque tudo me passa depressa e com ela: porque felizmente me conhece e sabia que não eram palavras sentidas, que sou maluca q.b. e que mal me arrependia estava de roda dela a dizer piadas como se de um género de pedido de desculpas se tratasse.
Hoje em dia não sou assim, nem podia. Comecei a ter tento na língua, quando me aborreço, aborreço e digo logo porquê (que isso de guardar cá dentro não é comigo), às vezes não da melhor forma mas já não vou buscar as palavras mais cruéis... sei que causam danos e que não se justificam, principalmente quando ditas a pessoas de quem gostamos e gostam de nós.
Cresci e quando olho para trás vejo que quando me enervava era uma peste autêntica, não sei como elas (sempre nos zangamos mais com as nossas amigas do que com os amigos) me aturaram. Mas, a verdade, é que às vezes é preciso fazer asneiras na vida para descobrir quem são aqueles que ficam ao nosso lado.
Tenho umas amig(ON)as como já não há, que mesmo longe e com as vidas ocupadas ligam sempre, há sempre um tempinho para quem teima em não sair do coração ;) - B., eu estava no Meco mas agora já estou cá, vamos lá cafezar.
 
Creative Commons License
This work is licenced under a Creative Commons Licence.