As melhores amizades são aquelas à prova de bala. Quando digo à prova de bala refiro-me à prova da distância, à prova do tempo, à prova dos contratempos da vida, à prova de preguiça, à prova de tudo!
Ela é uma amizade assim.
Relembrar o tempo em que morei com ela, continua a ser uma das melhores recordações de sempre.
As manhãs em que ela saía da casa-de-banho de toalha na cabeça e se dirigia para a minha cama para me acordar delicadamente retirando-me os tampões dos ouvidos (lol precious!), as caminhadas para o metro de Sant Antoni vs Universitat a ver qual compensava, qual seria mais rápido. As cómicas viagens de metro com ela a cantar a plenos pulmões o que ouvia no ipod e fazer cara de má para quem ousasse olhar de lado (too precious!), as transições de linha, a linha vermelha, a linha verde, a linha azul. A vinda do Hospital a pensar na deliciosa massa que ela nos iria preparar e nas compras que faríamos durante a tarde, nos waffles que comeríamos e nas longas voltas que daríamos. Apanharmos sol (quais lagartos) no café da esquina por entre conversas intermináveis, a busca incessante pelo homem das bilhas, os nossos chamados "picansos" no local de trabalho que punham toda a gente a rir, o garfo espetado num cabo da televisão e esta nas alturas para aprendermos catalão.
A preocupação dela de irmã mais velha e as distracções de irmã... gémea! ;) Até de ir ao supermercado com ela eu gostava! Até ao atravessar ruas cheias de gente duvidosa eu era capaz de me rir despreocupadamente com ela o caminho todo.
As gargalhadas cúmplices, os olhares que falavam por si, a capacidade de sonhar, o não precisarmos de mais ninguém para fazermos a festa e nos divertirmos como nunca (ou como sempre).
O facto de se manter sempre presente, de enviar mensagens que me arrancam gargalhadas quando menos espero ("Não achas que me devias desejar boa sorte?!"), de me fazer sentir que está ali... para o que der e vier.
É por estas e por outras, e porque também quero que fique registado, que te adoro, parvalhona!*
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