Relações - parte II

Situação a)

O meu A. foi tomar café com o J. e este começou a falar sobre organizar um jantar em casa dele, para os amigos todos, nessa mesma noite. Entretanto, chega a namorada do J. e arma o verdadeiro escândalo! E porque não tinha nada que estar a marcar um jantar sem primeiro falar com ela, e porque veio de propósito para passar o fim-de-semana com ele, e porque isto e porque aquilo. A gritaria, o drama, o horror.
Não posso negar que a compreendo às mil maravilhas e na mesma situação também esperava que, antes de mais nada, o meu namorado comentasse comigo sobre um suposto jantar com os amigos, afinal de contas eu tinha vindo para estar com ele.
[Por vezes, os rapazes não percebem que as mulheres gostam dessas pequenas atenções. Gostam de se sentir "a" prioridade, a grande, a maior de todas e, se possível, a única.]
Contudo, se há coisa que não me vão ver fazer é discutir com o meu-mais-que-tudo em plena praça-pública. Não, não dá! Em casa até podia dar uma descasca muito maior e mais aborrecida (ia dizer monótona mas monótona não seria concerteza dado as minhas milhentas expressões numa discussão só), no meio do café: não!

Situação b)

Uma amiga minha da faculdade acabou com o namorado esta semana. Passados dois dias voltaram. Ela diz-se muito, muito arrependida por ter... voltado.
Ora, se na situação acima descrita percebia perfeitamente o lado dela, nesta devo confessar que não.
A vida não é fácil. Não, não é. A vida por vezes é complicada. Sim, às vezes. Mas a grande verdade é que nós adoraaaaamos complicá-la só mais um bocadinho.
Se já não te sentes bem com ele, põe um ponto final na relação. Se já não gostas dele, termina. Se já não és feliz, como sabes que um dia foste, segue em frente. Continuar assim não é justo para ti, não é justo para ele.
Pode custar, pode até doer, mas custar-te-á muito mais olhar para trás e dar conta de que podia ter sido diferente, podias ter tentado, podias ter sido feliz.
Mas isto é só a minha opinião. E de pouco vale.